Rio + 21

Fondation Prospective et Innovation

La mondialisation urbanise le monde. La ville, qui devient l'écosystème majeur de l'humanité, est le grand chantier du XXI^e siècle. L'histoire a légué à chaque peuple un patrimoine de villes qui forment l'armature des nations, mais la mue en cours dans l'habitat humain provoque aujourd'hui une refondation générale du fait urbain. Evolution quantitative sans précédent, et transformations qualitatives impérieuses, se combinent pour faire de la ville l'enjeu capital de l'humanité mondialisée.

Au lendemain de Rio + 20, la France et le Brésil sont bien placés pour explorer ensemble cette problématique, chacun apportant une vision et une capacité originales. La ville intelligente qu'il s'agit d'imaginer et de construire devra, pour être durable, à la fois procéder des choix venus de sa population et découler d'une ingénierie sophistiquée mobilisant des centaines de métiers, tout en s'ajustant de manière évolutive aux transformations constantes de son environnement.

Les réflexions réunies dans le présent livret explorent comment l'accès à l'autre, concrétisé par la coopération entre deux pays aussi dissemblables que la France et le Brésil, est la matrice même de conception de ce qui est en jeu, à savoir une urbanité de la relation créative durable.

A glohalização urbaniza o mundo. A cidade, ao tornar-se o principal ecossistema da humanidade, é o terreno da grande obra de construçâo do século XXI. A história legou a cada povo um patrimônio de cidades que formam a armadura das nações, mas a mutação em curso no habitat humano hoje exige uma cabal refundação do fato urbano. Avaliações quantitativas sem precedentes concorrem com imperiosas transformações qualitativas para fazer da cidade o desafio capital da humanidade globatizada.

Na sucessão da Rio + 20, a França e o Brasil se encontram em posições privilegiadas para explorar conjuntamente esta problemática, cada um trazendo uma visão e um elenco de capacidades originais. A cidade inteligente que se trata de imaginar e construir, para ser sustentável, deverá decorrer tanto das escolhas feitas pelos seus habitantes, como de uma engenharia sofisticada, capaz de mobilizar centenas de profissões, e ainda se adaptar de modo evolutivo às constantes transformações do seu meio ambiental.

As reflexões reunidas nesta brochura exploram as maneiras como o acesso ao outro, concretizado numa cooperação travada entre dois países assaz dissimilares que são o Brasil e a França, tem um papel matricial a desempenhar na concepção que está em jogo, ou seja, uma urbanidade da relação, criativa e durável.